Foto: Cachoeira no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Translate

sábado, 19 de novembro de 2011

Velhas e antigas Cinzas



Na poesia do corpo
Movimento na dança do tai chi
Plenitude infinita
Como o pouso do olhar
Na geometria da areia
Desenhada pelo vento
nos lençóis maranhenses

Ou, no aconchego
Das ondas
A tocar a pele acariciada pelo sol

No braço de mar...
Emoldurado pelo verde
Do sopé da montanha

De repente!
Ressurgem Antigas fagulhas de cinzas
Pó queimado encravado
Como maldição
A estampar
Velhas histórias
Em distintos personagens
Estilhaços próprios

Artaud em sua infinita loucura capturou a dor
Do organismo/cinzas a impregnar
Livrar-se dos organismos para Artaud
Ou das cinzas dão no mesmo.
Sacudir a cinza/organismo milenar
Criar outros enredos...



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A vida... Passos e compassos na EMEF Vicente Ráo

Com passadas chegando vou
À escola ao meio dia
Escuto ao longe um aluno
Chamando-me!
Olho onde está...
O que será que ele quer?
É grande a felicidade
Em poder algo ensinar
Para esta turminha alegre
Que sempre que ali estou me persegue
E a dúvida que os mapas trazem...
Não é geografia... Nem história...
É a matemática dos mapas...
Calculando, desenhando e localizando..
A escola Vicente Ráo, Onde fica e como é.
Quantas árvores!
Qual é sua simetria?
De suas folhas
Quanta alegria trás,
A imaginação voa...
Como um pássaro que quer pousar
Tanto dos alunos como minha
Na aprendizagem, descobertas...
Passam anos, passam dias
A alegria da vida Funcionários a sorrir e a dizer bom dia,
Alunos a se despedir
Com a certeza
Dos bons momentos passados
O dia de hoje se foi....
Muito aprendemos...
Muito ensinamos...
Amanhã ali continuamos prontos para o milagre da vida...
Gisele Z. Latarini

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Meu Maranhão

De estradas, poeira, buracos no chão
Homens, mulheres, machado na mão
Trabalham, só trabalham
Vivem a sofrer, esperando dias melhores para viver
Sol a pino!

A seca massacrando sem dó
Donde nasci e me criei!
Ó! Terra minha!
Sertão do Maranhão
Em que viverei e um dia partirei

Talvez! Sacudir o pó e rumar para algum lugar
Cristalino e Multicolor
A deslizar suavemente nas asas do beijar flor
Ou das abelhas a fabricar seu mel...
Nair Heerdt

Pensando na forma como a população segue em busca da palmeira de babaçu, isto é, pega um machado, uma marmita, a família toda e pede licença ao dono das fazendas, que não utilizam a palmeira para nada e extraem dela seu ganha pão, lembrei-me do quadro Os retirantes de Cândido Portinari e escrevi este poema, (Nair Heerdt, 2009, p.6).

A professora Nair escreveu este poema pensando em Bacabal, sua cidade natal no Maranhão.
Fotografia retirada do blog: http://colunas.imirante.com/platb/josejorge/page/8/

quarta-feira, 23 de março de 2011

São: Caminhos Elusivos


Nessas idas e vindas,
Pude perceber quantos caminhos percorremos.
Muitos caminhos repetidos,
Mas com novos olhares.
Nossos olhares mudam para esses velhos caminhos,
Dependendo de como queremos enxergá-los.
Posso ver...

Caminhos que se cruzam e se entrelaçam
Caminhos que se ligam ou se encontram
Caminhos que vem e caminhos que vão
Caminhos novos e caminhos em construção
Caminhos difíceis...

Caminhos curtos, caminhos longos
Caminhos ao sol, caminhos à sombra
Caminhos meus, caminhos seus, caminhos nossos
Caminhos que refazemos juntos
Caminhos naturalmente indefinidos...
Denilda Altem

Fotografia Vôo de balão azul por Sahori Yamaki
http://sahori.multiply.com/photos/album/43/43#photo=94