Foto: Cachoeira no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Translate

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O topo da montanha


Tento viver no agora, nem no ontem, nem no amanhã;
Me entrego a alegria e da mesma forma a tristeza;
Procuro realizar os desejos que vêm da alma,
Eles me fazem sentir mais perto de deus;
Quando sinto saudades e preciso olhar o passado,
Choro, sorrio e escuto músicas que me emocionam.

Danço desajeitadamente na frente do espelho,
Me comovo com a magia da natureza,
A sabedoria da velhice, o sorriso no olhar;
Tenho fascínio pelas crianças, em especial pelos bebês,
Têm algo que acalma e algo que me assusta.

Não gosto quando alguém me diz que algo não existe
Simplesmente porque não enxerga;
Tenho pesadelos que tiram meu sono,
E medos que me ensinam sobre minhas fragilidades
Amo as criaturas mais do que as criações.

Meu mundo preferido tem lagos e o por-do-sol,
Montanhas e a brisa que limpa a alma;
Meu eu criança a gargalhadas num vestido rodado,
Pessoas especiais que enxergam os mundos que habito,
Pessoas que não enxergam, mas me acolhem,
Um cachorro, o Yupi !!! Uma tartaruga, a Magnô !!

Minha verdadeira casa é no mato
Lá sinto o cheiro da chuva e da terra,
Vejo o brilho da água e o encanto das flores;
E encontro a entrega completa, o olhar que vê a alma,
Um sorriso que emociona e um amor que não acaba.

Virginia Damin